Campinas, em 248 anos, de Vila a Metrópole. A gigante que se reinventa e nos dá exemplo.
Tudo começou na primeira metade do século XVIII, como um bairro da Vila de Jundiaí. O primeiro nome foi Campinas do Mato Grosso, devido a floresta densa e inexplorada que caracterizava a região. Era passagem obrigatória das Missões dos Bandeirantes que iam para as minas de ouro no interior do país, em Goiás e Mato Grosso.
Em 27 de Maio de 1774 foi assinado o título de “fundador, administrador e diretor” do núcleo urbano a ser fundado, a Francisco Barreto Leme do Prado (Barreto Leme, o fundador). Poucas semanas depois, em 14 de julho de 1774, frei Antonio de Pádua, primeiro vigário da paróquia, rezou a missa que inaugurou a capela. A partir daí, instalou-se a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso e fundou-se a povoação.
O tempo passou. Muitas mudanças aconteceram. Poderíamos falar de tantas coisas, mas vamos a um resumo delas.
Campinas possui uma população superior a um milhão e duzentos mil habitantes, a terceira maior do estado de São Paulo, a 14ª do país, superando muitas capitais de estado.
Começou como importante polo de produção de cana-de-açúcar, mas, depois, migrou para a produção cafeeira, entre o final do século XVIII e começo do século XX como sua principal atividade econômica.
Durante esse período, em que experimentava um extraordinário desenvolvimento, e era cogitada para ser capital do estado, quase foi dizimada pela febre amarela, perdendo dois terços de sua população, ou para a morte, ou pela fuga para outras regiões. Sua luta e seu ressurgimento foram tão impressionantes que foi apelidada de Fênix, a ave que ressurge das próprias cinzas (Campinas tem a fênix em sua bandeira).
Porém, a partir de 1930, a indústria e o comércio passaram a ser as principais fontes de renda, sendo considerada um polo industrial regional.
Tem o décimo primeiro maior PIB do país, é a primeira cidade brasileira a se tornar metrópole sem ser capital, exercendo significativa influência nacional.
É o terceiro maior polo de pesquisa e desenvolvimento do país.
Abriga a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC), além de outras Universidades; o Laboratório Nacional de Luz Síncotron e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicação (CPqD), além da Embrapa, do Instituto Agronômico, Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos), dentre outros.
É privilegiada, pois se tornou um centro cortado por importantes rodovias, como a Bandeirantes, a Dom Pedro, a Anhanguera, a Adhemar de Barros e a Santos Dumont.
Possui a Orquestra Sinfônica de Campinas, uma das melhores e mais aclamadas do país; o Observatório Municipal Jean Nicolini, e ainda na Cultura, é berço do maior compositor das Américas, Antonio Carlos Gomes, autor de “O Guarani”, além de sediar várias Academias, entre elas a Academia Campinense de Letras e a Academia Campineira de Letras e Artes.
Na saúde possui 373 estabelecimentos entre hospitais, prontos-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos. Só de hospitais, são 19 com 11.443 médicos.
Também abriga a Escola Preparatória de Cadetes do Exército que recebe jovens de todo o país que desejam seguir a carreira militar. E, falando nisso, possui a 11ª Brigada de Infantaria Leve, que, por sua vez, engloba, o 28º Batalhão de Infantaria Leve (Bil) e o 2º Blog (Batalhão Logístico).
Instalado em Campinas, o Aeroporto Internacional de Viracopos é um importante centro de tráfego aéreo no Brasil, sendo o 2º maior no setor de cargas do país e da América do Sul. Ele representa o maior índice de aproveitamento operacional do país, considerando as condições meteorológicas.
Na política, além de senadores, governadores, deputados federais, deputados estaduais, Campinas também deu um presidente da República: Manuel Ferraz de Campos Salles. Ele nasceu em solo campineiro em 1841 e em 1898 foi eleito presidente do Brasil. Foi ele que deu início ao Partido Republicano Paulista (PRP) em 1873 e em 1875 fundou o Jornal Província de São Paulo, atual, “O Estado de São Paulo”.
Muito se poderia falar ainda desta cidade/metrópole. Seus pontos turísticos, seus esportes, a pujança do seu povo nas mais diversas áreas. Mas, esse rápido retrato já demonstra, por si, a grandeza de uma região e de uma população que nasceu, cresceu, sofreu muito, renasceu, se agigantou e hoje desponta, como de uma das maiores cidades de nosso país.
Como Deputado Federal, representante de Campinas, sinto enorme orgulho de fazer parte dessa comunidade. De poder colaborar, com meu trabalho, meus projetos, e minhas ações, para o desenvolvimento da saúde, da cultura, da educação, enfim de todos os setores que projetam essa metrópole dentro do Brasil.
Parabéns Campinas, pela história e pelos 248 anos!
Roberto Alves
Deputado Federal
Parabéns!!!