O deputado federal Roberto Alves (PRB-SP) encaminhou requerimentos de informação aos ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Mulher, Família e Direitos Humanos, solicitando explicações sobre falhas no Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos. Ambos os ministros Sérgio Moro e Damares Alves, respectivamente, têm prazo de 30 dias para responder aos questionamentos.
O cadastro está on-line na internet por meio do site www.desaparecidos.gov.br. Porém, a plataforma apresenta falhas de carregamento e está isolada, desconectada aos órgãos federais e estaduais de segurança pública, servindo apenas de cartaz virtual de crianças e adolescentes desaparecidos.
Um dos requerimentos de informação foi encaminhado à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves
Em seu requerimento, o deputado Roberto Alves argumenta que a busca por crianças e adolescentes desaparecidos depende de um sistema integrado de informação envolvendo os sistemas de segurança pública, de saúde e assistência social da União, dos estados e municípios, para que o alerta de desaparecimento seja eficiente e as ações de busca tenham melhores resultados.
O Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, que deveria integrar as instituições, segue inoperante há cerca de dois anos.
“Não podemos admitir que o cadastro nacional continue em desuso. A busca por crianças e adolescentes desaparecidos deve ser prioridade deste governo. Como parlamentar e defensor dos direitos da infância, quero ser informado oficialmente sobre as ações que estão sendo implementadas pelo Governo Federal, para que o Poder Legislativo possa contribuir e juntos avançarmos”, destacou Roberto Alves.
Dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que 82 mil pessoas desapareceram no Brasil em 2017. O índice de casos solucionados foi de 64,7%. A ONG Mães de Sé, que atua na mobilização social pela busca de jovens desaparecidos, estima que 40 mil crianças e adolescentes desaparecem todos os anos no território nacional.
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